sexta-feira, 13 de julho de 2007

Os comboios da minha alma

Quando o verão chega e por demasiado tempo o corpo vagueia sempre pelos mesmos locais, sinto na alma a necessidade da partida, o apito sibilino dos comboios . Sinto falta de subir o Douro nas velhas automotoras Allan, de me perder à borda da suja janela de encantos pelo rio que banha no seu fim a minha cidade. Sinto necessidade de descobrir novas linhas, de subir para além de Castelo Branco pela serra da Gardunha fora. Sinto curiosidade em fazer esses pequenos ramais oitocentistas esquecidos pelo tempo e por isso cheios de encantos e memórias
O calor aperta. A estação ferroviária surge-me como uma tentação de fuga. Conto no bolso os trocos e procuro o necessário dinheiro para o bilhete no primeiro comboio.
Mas ainda não é tempo de partir. Terei que aguentar mais um pouco.

Em breve Crónicas de viagens passadas

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