terça-feira, 25 de setembro de 2007

O que ando a ver...

Regresso ao cinema mudo, ao génio de Charles Chaplin

The Immigrant (1917): Comédia genial em que o "vagabundo" (the tramp, a figura criada por Chaplin) é um imigrante. A cena da chegada à América, com a filmagem em plano médio do rosto dos imigrantes cheios de esperança, inspirará Coppola para uma cena semelhante quase 60 anos depois em The Godfather II.

A Dog's life (1918): Média-metragem em que o "vagabundo" tem como aliado também um pequeno cão abandonado. As cenas passadas no bar são hilariantes, e o pequeno vagabundo e o seu companheiro acabam por ter um final feliz.
The kid (1921): um dos mais enternecedores filmes de Chaplin. O "vagabundo" vê-se com uma criança em mãos. O resultado são risos e situações comoventes.
Pay day (1922): uma das melhores comédias de Chaplin. A inventividade dos gags domina o filme do princípio ao fim. Chamo a atenção para a cena em que Chaplin apanha os tijolos que lhe atiram. Puro génio.
The circus (1928): é um filme imortal, que daria para uma grande reflexão sobre Chaplin. Filme último e filme primeiro. Homenagem a um tipo de cinema que estava em declínio - o burlesco - na primeira parte do filme. Passagem, numa segunda parte, para um tipo de humor diferente. Para um vagabundo que reconhece que o seu papel mudou. Já não é ele que fica com a rapariga no fim. Já não tem lugar no "circo". Só a solidão lhe resta. A despedida da sua eterna figura de "clown" começa a desenhar-se neste filme, sendo praticamente consumada no seu filme seguinte, City Lights (1931).



Um comentário:

Anônimo disse...

A tua versatilidade fascina-me :-)
U.M.